quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Distrito 9 - Por Yon Dourado
Não costumo fazer crítica de filmes e sinceramente não gosto. No entanto farei uma excessão dessa vez, é algo que faço questão de ser assistido pelo
máximo de pessoas possível. Sabe quando você vai ao cinema e quando termina a sessão, fica a sensação de que você acabou de ver algo que vai te marcar
pelo resto da sua vida e que vai entrar para a história do cinema? Passei por isso com Distrito 9.
O gênero ficção científica tem estado em baixa nos últimos tempos. Wall-E foi sensacional, mas não conta muito por ser um filme de animação
computadorizada. Excluindo franquias já consagradas como Star Wars, Star Trek e Transformers e remakes de filmes antigos, foram raros os filmes originais
do genêro que marcaram positivamente a época. Os anos 60 teve 2001: Uma Odisséia no Espaço, os anos 70 teve Star Wars, Contatos Imediatos e Alien, os 80
teve Blade Runner, E.T., Exterminador do Futuro e De Volta Para o Futuro e os 90 teve Matrix e Os 12 Macacos. Os anos 2000 esperaram pelo seu divisor de
águas e finalmente ele chegou: Distrito 9.
O resumo básico é esse: em 1982, uma nave-mãe extraterrestre surge em Joanesburgo, África do Sul, e permanece por lá. Seus passageiros estão em
situação miserável em seu interior e seriamente afetados por desnutrição. O governo decide abrigá-los em um bairro criado especificamente para eles: o
distrito 9. Virando parte do cotidiano, eles começam a sofrer os problemas que os demais seres humanos sofrem no planeta: violência urbana, opressão
policial, desprezo governamental e descriminação e social. 20 anos depois, quando um agente do governo é exposto à uma biotecnologia extraterrestre e seu
corpo sofre uma mutação que lhe concede característica de ambas as raças, as grandes corporações vão ao seu encalce.
Produzido por Peter Jackson, o desenrolar do filme é narrado em forma de documentário. Mostrar extraterrestres como membros do nosso dia-a-dia,
vítimas da opressão da sociedade e ambientado na África foi original. Os efeitos efeitos especiais e sonoros são os melhores já feitos em ambiente urbano
desde Guerra dos Mundos, do Steven Spielberg. A qualidade da produção evita com que o filme tenha ar fantasioso e surreal geralmente causados por efeitos
especiais não tão competentes. A maquiagem usada em Wikus em sua mutação é excelente. A atuação do desconhecido ator sul-africano Sharlto Copley como Wikus
em sua primeira atuação para o cinema merece destaque. Nem preciso citar o roteiro inovador e a ótima direção de Neill Blomkamp, revelando-se um grande
talento.
O que digo no final é: VEJAM. Um dos melhores filmes que tive o prazer de ver nesses últimos anos e que com certeza, no futuro, se tornará um
clássico de sua época.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário